sexta-feira, 2 de maio de 2014

sobre o inimaginável

Acho que nunca fui muito de me surpreender com as coisas pois logo cedo percebi que deveria esperar tudo de todos.
Mas quando fiquei grávida, a maior reviravolta em todos os aspectos da minha vida, jamais poderia imaginar nem 1% das mudanças que a vinda do Dudu traria.
Ontem o Dudu fez 2 anos, e a única palavra que veio na minha cabeça por este momento foi inimaginável.
Nunca poderia imaginar nada do que me aconteceu depois que ele nasceu... Nem antes também. Mas depois que tive ele em meus braços pela primeira vez, pronto, estava feito. Na hora, nos dias que se seguiram, ainda não podia dimensionar o tamanho da mudança. Hoje, 2 anos depois, fica mais fácil visualizar. Uma mudança com data para se iniciar, que só me trouxe coisas boas, mas sem previsão para terminar. Uma gratidão sem fim...
Não sei se existe alguma maneira de se preparar para todas as mudanças que um filho traz na nossa vida.
Nem sei se eu teria como explicá-las, nem que fosse grosseiramente... Só isso já daria um livro.
Eu que sempre adorei mudanças, sendo repetitiva, jamais poderia imaginar estas provenientes da maternidade. O mais incrível, é que não foram mudanças planejadas (exceto o momento que decidimos ter um filho). Não planejei nada além disso. As coisas simplesmente foram acontecendo, me tragando, me sugando com uma força que eu tinha sentido em poucos momentos (como quando senti que tinha que ir e fui para Portugal conhecer meu futuro esposo :)

Uma vez ouvi assim: " Se a vida é uma escola, o casamento é a universidade". E hoje posso acrescentar, os filhos são a pós graduação.
Mas gostaria de deixar registrado aqui que não estou dizendo que quem não tem filhos é pior (ou melhor) por causa disso. Eu admiro e apóio completamente as mulheres que escolhem não serem mães. Acho uma atitude extrememamente corajosa e tenho certeza que na maioria das vezes foi muito mais bem pensada, refletida e proveniente de um grande auto-conhecimento do que muitas mulheres-mães que vemos por aí.
Mas dentro da minha experiência, ser mãe é a minha maior oportunidade de aprender a amar, de me auto-conhecer, de me entregar, de ser uma pessoa melhor...
Diariamente, sinto uma gratidão sem tamanho a Deus e a todos que me proporcionam pequenos, grandes e imensamente significativos momentos com meu filho.
Sei que sou privelegiada em inúmeros aspectos, e um entre inúmeros aprendizados foi o de não julgar (alto lá, que não sou perfeita, mas quando consigo me perceber neste movimento, tento mudar o rumo do pensamento). Nunca saberemos exatamente o que cada um passou, e mais importante ainda, como verdadeiramente encarou determinadas situações. Mais uma chance para aprender a respeitar, compreender, ter paciência e compaixão.

Dudu, meu pequeno... obrigada! Jamais conseguirei expressar toda minha gratidão por ter você como filho, muito menos o tamanho do meu amor, que é tão imperfeito, mas é o melhor que consigo te dar neste momento.


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