quarta-feira, 23 de março de 2011

Tempo e limites

Fico fascinada ao perceber um pouquinho como algumas coisas são.
Pensava sobre a falta de tempo. Sempre que converso com alguém, a grande desculpa para explicar porque não ligamos, porque não entramos em contato é a famosa correria!
Nada mais justo, já que com a internet, é a enxurrada de informações que temos ao nosso dispor é muito difícil termos tempo "sobrando".
E aqui entra uma outra questão, como aproveitamos o tempo e como isso se transforma numa "correria".
Foi então que vi uma palestra que me clareou um pouco sobre o tema. Você tem liberdade sobre o seu tempo?
Percebi então que é isso o que mais busco. Ter liberdade sobre o meu tempo. Ter liberdade para estudar em casa ou no café. Liberdade para ir à praia numa quinta feira a tarde ou comer cupcake.
O que mais me marca nisso tudo é um objetivo que inconscientemente resolvi perseguir, e depois conscientemente, graças aos exemplos que tenho em casa. Ter tempo para fazer o que importa: ficar com a família! Conviver com as pessoas mais especiais do mundo, para nós. Não tem nada no mundo que substitua isso.
E no meio disso tudo, surgiu uma outra questão: a de aproveitar melhor o tempo. Não perder horas na internet... Me distraio muito fácil quando estou no computador. Quando vejo já estou no google pesquisando sobre alguma coisa, ou seguindo um link que alguém postou no facebook. E quando olho no relógio já é meio dia e meu tempo mais produtivo esgotou-se, mais uma vez.
A resposta que encontrei para isso foi uma: acomodação.
É... não tem ninguém me cobrando do que devo fazer, nem dificuldades financeiras batendo na porta. Não vivo no limite. Vivo confortavelmente naquele nível que quase invariavelmente nos leva à inércia. Aquela falta de vontade, o não tentar fazer melhor, diferente. Por isso, que as taxas de empreendedorismo são muito maiores em países sub-desenvolvidos... Por uma única coisa: necessidade.
Quando o sistema, e você mesmo, se coloca em uma parte confortável da vida, a gente se acomoda. E fica de boca aberta, esperando a minhoca chegar, como filhotes de passarinho.
Todos esses pensamentos foram se conjurando em mim ao longo destas últimas semanas. Primeiro a palestra sobre o tempo, depois decidi voltar ao yoga, depois um encontro de empreendedorismo e por último um filme.
A inércia me pega de tempos em tempos... e quando me apercebo, tento jogar ela para bem longe, e às vezes com muita força. Ainda falta o equilíbrio. Mas eu chego lá.

Imagem: Secretariat